sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Sobre o processo de aprender com os espíritos (Parte 2): as armadilhas e os perigos de uma conexão improvisada



Pintura de Hyeronimus Bosch (1453 - )

Se uma das principais dificuldades no contato com o mundo espiritual é discernir a mensagem transmitida das expectativas do receptor, um outro problema tão grave quanto este é reconhecer quem é esse emissor, e quais são as suas reais intenções.

Certa vez ouvi de um praticante de magia muito admirável que o mundo espiritual é uma verdadeira selva, e que não havia muita diferença entre realizar um ritual para contatar seres espirituais sem ter o preparo adequado, achando que eles serão amistosos e prestativos graças a uma visualização de proteção qualquer, e perambular pela Cracolândia buscando fazer amizades construtivas confiando que as suas vibrações positivas o manterão a salvo. Na época lembro de ter pensado que o meu colega estava exagerando e que, por mais que a cena da magia tivesse seus riscos e seus praticantes incautos, uma parte considerável da comunidade sabia o que estava fazendo.

Eu estava errado.

Muito errado.